A folha seca, de tons amarelo acastanhados, desprendeu-se do longo ramo da árvore e caiu. Foi-se com as primeiras gotas das primeiras chuvas do Outono. Ela era uma lembrança que um dia todas as folhas também cairão. Todas as coisas fenecerão.
Contudo, este rompimento final da vida não foi mau – nem sequer foi final. Se atentarmos melhor, iremos verificar que a folha seca, de tons amarelo acastanhados, afinal não caiu na terra molhada. Com a brisa fresca do vento, ela voou. Navegou rumo ao céu sorridente que a aguardava. Nas grossas gotas da chuva Outonal que a folha carregava, luzia um pequeno, mas fogoso raio de sol alaranjado que por entre as nuvens do fim do dia, espreitava.
“Bem-vinda”, ouviu-se então.
1 comentário:
Sinto-me como essa folha.
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