quarta-feira, junho 14, 2006

Resolveu voltar para casa do pai.



A solidão. A amargura. O choro.
Ele experimentou a ilusão e o engano das riquezas. Provou todos os prazeres e deleites transitórios deste mundo. Mas agora, estava perdido. Todos os amigos tinham-se ido embora. Acompanhavam-no agora o remorso, a revolta, a angústia, a fome.
Pensou no pai. Nele tinha tudo. Sobretudo amor.
Considerou que preferia ser um escravo na casa do pai do que estar longe dele. O desejo de estar na presença do pai era maior que tudo. Pediria perdão ao Pai. Agora.

Resolveu voltar para casa do pai.
Decididamente, levantou-se e partiu em direcção ao pai.
Quando O pai o viu ao longe, correu e abraçou-o, chorando com ele. O pai tinha estado sempre à sua espera. O filho entendeu melhor o que era amor e perdão. Agora.

A festa. A comunhão. O riso.
Fizeram uma grande festa. O filho perdido e morto recomeçou a viver. Sentiu-se amado como nunca. Afinal, nada estava completamente perdido. Nada está completamente perdido. Aquele Filho jamais seria o mesmo.
Depois de muito sofrimento, dor, paciência e fé, o pai também tinha entendido o que é ganhar perdendo. Agora.


Desejas sentir-te perdoado e amado?
Decididamente, levanta-te e corre em direcção ao Pai.
Ele está à tua espera. Agora.


(Baseado na passagem da Bíblia de Lucas 15:11-24)

2 comentários:

Paulo disse...

INFÂNCIA

Incendiaram-me a infância
Biblioteca de sonhos

Com gotas de orvalho
Violaram a Primavera

E eu cresci a crédito
No eco das noites brancas
A lembrar-me do coro das velhas.

PS: Gostei do blogue, obrigado!!
Paulo

jaime fernandes disse...

Grande Pai...

DTA